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1.
Pesqui. vet. bras ; 38(7): 1239-1249, July 2018.
Article in Portuguese | LILACS, VETINDEX | ID: biblio-976458

ABSTRACT

Esta revisão atualiza informações sobre plantas cardiotóxicas que afetam os ruminantes no Brasil. Atualmente, sabe-se que existem pelo menos 131 plantas tóxicas pertencentes a 79 gêneros. Vinte e cinco espécies afetam o funcionamento do coração. As plantas que contêm monofluoroacetato de sódio (Palicourea spp., Psychotria hoffmannseggiana, Amorimia spp., Niedenzuella spp., Tanaecium bilabiatum e Fridericia elegans) causam numerosos surtos de intoxicação, principalmente em bovinos, mas búfalos, ovinos e caprinos são ocasionalmente afetados. A intoxicação por Palicourea marcgravii continua a ser a mais importante devido à ampla distribuição desta planta no Brasil. Novas espécies do gênero Palicourea contendo monofluoracetato de sódio, como Palicourea amapaensis, Palicourea longiflora, Palicourea barraensis, Palicourea macarthurorum, Palicourea nigricans, Palicourea vacillans e Palicourea aff. juruana foram descritas na região amazônica. Na região nordeste, a planta tóxica mais importante para bovinos é Amorimia septentrionalis. No Centro-Oeste, surtos de intoxicação por Niedenzuella stannea foram relatados em bovinos na região do Araguaia e a doença precisa ser melhor investigada quanto à sua ocorrência e importância. Tetrapterys multiglandulosa e Tetrapterys acutifolia, duas plantas que causam fibrose cardíaca, também contêm monofluoracetato de sódio e foram reclassificadas para o gênero Niedenzuella. Essas duas espécies e Ateleia glazioveana, outra planta que causa fibrose cardíaca, continuam sendo importantes no Sul e Sudeste do Brasil. Outras espécies menos importantes e que ocasionamente provocam surtos acidentais de intoxicação são as plantas que contém glicosídeos cardiotóxicos, tais como Nerium oleander e Kalanchoe blossfeldiana. Recentemente, várias metodologias experimentais foram empregadas para evitar intoxicações por plantas que contêm monofluoroacetato de sódio. Estas metodologias incluem a indução de aversão condicionada utilizando cloreto de lítio, a utilização de doses repetidas não tóxicas de folhas para induzir resistência, o uso de acetamida para prevenir as intoxicações e a inoculação intraruminal de bactérias degradantes de monofluoroacetato de sódio.(AU)


This review updates information about cardiotoxic plants affecting ruminants in Brazil. Currently it is known that there are at least 131 toxic plants belonging to 79 genera. Twenty five species affect the heart function. Plants that contain sodium monofluoroacetate (Palicourea spp., Psychotria hoffmannseggiana, Amorimia spp., Niedenzuella spp., Tanaecium bilabiatum and Fridericia elegans) cause numerous outbreaks of poisoning, mainly in cattle, but buffaloes, sheep and goats are occasionally affected. Poisoning by Palicourea marcgravii remains the most important due to the wide distribution of this plant in Brazil. New species of the genus Palicourea containing sodium monofluoracetate, such as Palicourea amapaensis, Palicourea longiflora, Palicourea barraensis, Palicourea macarthurorum, Palicourea nigricans, Palicourea vacillans and Palicourea aff. juruana were described in the amazon region. In the northeast region, the most important toxic plant for cattle is Amorimia septentrionalis. In the midwest, outbreaks of Niedenzuella stannea poisoning have been reported in cattle in the Araguaia region and the disease needs to be better investigated for its occurrence and importance. Tetrapterys multiglandulosa and Tetrapterys acutifolia, two plants causing cardiac fibrosis also contain sodium monofluoroacetate and were reclassified to the genus Niedenzuella. These two plants and Ateleia glazioveana, other plant that causes cardiac fibrosis continues to be important in the southeastern and south of Brazil. Other less important are the plants that contain cardiotoxic glycosides, such as Nerium oleander and Kalanchoe blossfeldiana, in wich poisonings are generally accidental. Recently, several experimental methodologies were successfully employed to avoid poisonings by sodium monofluoroacetate containing plants. These methodologies include the induction of food avertion using lithium chloride, the ministration of repeatedly non-toxic doses of leaves to induce resistance, the use of acetamide to prevent poisonings and the intraruminal inoculation of sodium monofluoroacetate degrading bacteria.(AU)


Subject(s)
Animals , Plant Poisoning/veterinary , Plants, Toxic/toxicity , Ruminants/physiology , Cardiotoxins
2.
Pesqui. vet. bras ; 37(12): 1357-1368, dez. 2017.
Article in English | LILACS, VETINDEX | ID: biblio-895398

ABSTRACT

This review updates information about neurotoxic plants affecting ruminants and equidae in Brazil. Currently in the country, there are at least 131 toxic plants belonging to 79 genera. Thirty one of these poisonous plants affect the nervous system. Swainsonine-containing plants (Ipomoea spp., Turbina cordata and Sida carpinifolia) cause numerous outbreaks of poisoning, mainly in goats, but cattle and horses are occasionally affected. The poisoning by Ipomoea asarifolia, a tremorgenic plant, is very common in sheep, goats and cattle in the Northeastern region and in the Marajo island. Poisoning by the pods of Prosopis juliflora are frequent in cattle in Northeastern Brazil; occasionally this poisoning affects goats and more rarely sheep. Some poisonings by plants, such as Hybanthus calceolaria, Ipomoea marcellia and Talisia esculenta in ruminants and Indigofera lespedezioides in horses were recently described and needs to be accurately investigated about its occurrence and importance. Other plants poisonings causing nervous signs in ruminants and equidae are less important, but should be considered for the differential diagnosis of neurologic diseases.(AU)


Esta revisão tem por objetivo atualizar as informações sobre plantas neurotóxicas que afetam ruminantes e equinos no Brasil. Atualmente sabe-se que existe no país pelo menos 131 plantas tóxicas pertencentes a 79 gêneros. Trinta e uma espécies afetam o sistema nervoso. As plantas quem contém swainsonina (Ipomoea spp., Turbina cordata and Sida carpinifolia) causam numerosos surtos de intoxicação, principalmente em caprinos, mas bovinos e cavalos são ocasionalmente afetados. A intoxicação por Ipomoea asarifolia, uma planta tremorgênica, é muito comum em ovinos, caprinos e bovinos na região Nordeste e na ilha de Marajó. A intoxicação pelas vagens de Prosopis juliflora é frequente em bovinos no Nordeste do Brasil; ocasionalmente são afetados caprinos e mais raramente ovinos. Algumas intoxicações por plantas, como Hybanthus calceolaria, Ipomoea marcellia e Talisia esculenta em ruminantes e Indigofera lespedezioides em equinos foram recentemente descritas e precisam ser investigadas com precisão sobre sua ocorrência e importância. Outras intoxicações por plantas que causam sinais nervosos em ruminantes e equídeos são menos importantes, todavia devem ser consideradas para o diagnóstico diferencial de doenças neurológicas.(AU)


Subject(s)
Animals , Plant Poisoning/physiopathology , Plant Poisoning/veterinary , Plants, Toxic , Ruminants , Nerve Agents/analysis , Horses , Nervous System , Brazil
3.
Pesqui. vet. bras ; 37(2): 110-114, fev. 2017. ilus
Article in English | LILACS, VETINDEX | ID: biblio-833984

ABSTRACT

The aim of this paper is to describe the first report of spontaneous poisoning by Prosopis juliflora in sheep. From flock of 500 sheep at risk, four adult male sheep were affected. One died spontaneously and three other were examined, euthanized and necropsied. Neurologic examination focused particularly on motor and sensory-cranial nerve function, complete blood counts, serum biochemistry and urinalysis were done. The evolution of the disease was chronic and to present signs of poisoning, sheep had to ingest a diet containing at least 80% of P. juliflora pods during 21 months. The biochemistry revealed a substantial increase in creatine phosphokinase levels. Clinical signs included drooling of saliva, dropped jaw, tongue protrusion and loss of food from the mouth. Gross and histological lesions were similar to those previously reported in cattle and goats. Sheep are more resistant to poisoning by P. juliflora considering that it took 21 months of pod consumption to show clinical signs. There is no specific treatment for P. juliflora poisoning in ruminants.(AU)


O objetivo deste trabalho é descrever o primeiro caso de intoxicação espontânea por Prosopis juliflora em ovinos. De um total de 500 ovinos sob risco, quatro ovinos machos adultos foram afetados. Um ovino morreu espontaneamente e os outros foram examinados, eutanasiados e necropsiados. Realizaram-se exames clínicos direcionados particularmente para funções de nervos motores e sensoriais-craniais. Avaliou-se hemograma, perfil bioquímico sérico e urinálise. A evolução da doença foi crônica e para apresentar sinais de intoxicação os ovinos tiveram que ingerir uma dieta contendo 80% das vagens de P. Juliflora durante 21 meses. Os níveis de creatinofosfoquinase estavam significativamente elevados. Os sinais clínicos consistiram em sialorreia, mandíbula pendulosa, protusão da língua e perda de alimento pela boca. As lesões macroscópicas e microscópicas foram similares àquelas reportadas previamente em bovinos e caprinos. Ovinos são mais resistentes à intoxicação por P. Juliflora, tendo em vista que foi necessário 21 meses de consumo das vagens para que os ovinos apresentassem sinais clínicos. Não há tratamento específico para a intoxicação por P. Juliflora em ruminantes.(AU)


Subject(s)
Animals , Plants, Toxic/toxicity , Prosopis/toxicity , Sheep , Hematologic Tests/veterinary
4.
Ciênc. rural ; 45(9): 1634-1640, set. 2015. ilus
Article in English | LILACS | ID: lil-756431

ABSTRACT

Ipomoea carnea is a toxic plant that grazing goats and cattle may learn to ingest with repeated exposure. The objective of this study was to evaluate the feeding preferences of experienced and non-experienced (naïve) goats and sheep for I. carnea.The study used 3 groups of 5 goats (Group 1, experienced that were previously poisoned by the plant; group 2, naïve; Group 3, experienced eaters, composed of animals adapted to eat the fresh plant) and 2 groups of sheep (group 4, experienced that were previously poisoned by the plant; and group 5, naïve). For the test, the animals were placed daily for 10 minutes and 4 days in a rectangular stall (5x7m) with 4 feeders, each with 200g of a different food (Ipomoea carnea, commercial concentrate food, recently harvested green grass (mainly Brachiaria spp.), and Cynodon dactylonhay. The intake of concentrate food was significantly higher (P<0.05) than the consumption of green grass, hay and I. carnea. In a second 4 day trial, in which the commercial concentrate food was replaced by freshly harvested Amorimia septentrionalis, the ingestion of green grass (Brachiaria spp.) was significantly higher (P<0.05) than the consumption of other foods. In both trials there was no significant difference in food consumption between eaters and naïve animals. The results suggest that experienced or naïve sheep and goats do not prefer I. carnea when it is offered with other foods or forages, suggesting that animals will avoid the plant and not become poisoned if other food options are available.

.

Ipomoea carnea é uma planta tóxica para caprinos e bovinos, que podem desenvolver o hábito de ingeri-la de forma compulsiva. O objetivo deste estudo foi avaliar o comportamento ingestivo de caprinos e ovinos habituados e não habituados a ingerir I. carnea. O estudo utilizou três grupos de cinco caprinos (Grupo 1, animais previamente intoxicados pela planta; Grupo 2, controle; Grupo 3, animais adaptados a ingerir a planta fresca) e dois grupos de cinco ovinos (Grupo 4, animais previamente intoxicados pela planta; e Grupo 5, controle). Para o teste, os animais foram introduzidos por 10 minutos, durante 4 dias consecutivos, em uma baia retangular (5x7m), com 4 caixas de alimentação, cada uma com 200g de um alimento diferente (Ipomoea carnea; concentrado comercial; capim verde recém colhido, principalmente Brachiaria spp.; e feno de Cynodon dactylon). A ingestão de concentrado foi significativamente maior (P<0,05) do que o consumo de capim verde, feno e I. carnea. Em um segundo ensaio de 4 dias, em que o concentrado foi substituído por Amorimia septentrionalis recém-colhida, a ingestão de capim verde (Brachiaria spp.) foi significativamente maior (P<0,05) do que o consumo dos outros alimentos. Em nenhuma das duas espécies, houve diferenças no comportamento ingestivo entre animais habituados e não habituados a ingerir I. carnea. Os resultados sugerem que ovinos e caprinos habituados e não habituados a ingerir I. carnea não preferem a planta quando é oferecida com outros alimentos ou forragens, o que sugere que os animais irão evitar a planta e não haverá intoxicação se outras opções de alimentos estão disponíveis.

.

5.
Pesqui. vet. bras ; 34(11): 1085-1088, nov. 2014. tab
Article in English | LILACS, VETINDEX | ID: lil-736033

ABSTRACT

With the aim to determine if the tremorgenic toxin of Ipomoea asarifolia is eliminated in milk, three groups of Swiss female mice received, immediately after giving birth until weaning, a ration containing 20% or 30% of dry I. asarifolia. All the offspring of the females that received 20% or 30% I. asarifolia showed tremors 2-4 days after birth. The offspring of the females that received 20% I. asarifolia recovered 4-7 days after weaning. The offspring of the females that received 30% of the plant in the ration died while showing tremors before weaning or up to two days after weaning. It is concluded that the tremorgenic compound of I. asarifolia or its toxic metabolites are eliminated in milk, and that lactating mice may be used as a model for the determination of the toxic compound(s) in this plant.(AU)


Com o objetivo de determinar se a toxina tremorgênica da Ipomoea asarifolia é eliminada pelo leite, três grupos de camundongos fêmeas da linhagem Swiss receberam, imediatamente após o parto até o desmame, ração contendo 20% ou 30% de folhas secas de I. asarifolia. Todos os filhotes das fêmeas que receberam 20% ou 30% de I. asarifolia apresentaram tremores 2-4 dias após o nascimento. Os filhotes das fêmeas que receberam 20% de I. asarifolia se recuperam 4-7 dias após o desmame. Os filhotes das fêmeas que receberam 30% da planta na ração morreram antes do desmame ou até dois dias após o desmame, ainda apresentando tremores. Conclui-se que o componente tremorgênico de I. asarifolia ou seus metabólitos são eliminados no leite, e que camundongos fêmeas em lactação podem ser usados como um modelo para a determinação do(s) composto(s) tóxico(s) desta planta.(AU)


Subject(s)
Animals , Female , Mice , Plant Poisoning/veterinary , Inactivation, Metabolic , Ipomoea/poisoning , Milk/chemistry , Toxicological Symptoms
6.
Pesqui. vet. bras ; 33(8): 999-1003, ago. 2013. tab
Article in English | LILACS | ID: lil-686077

ABSTRACT

Baccharis coridifolia is a plant that induces strong conditioned food aversion in ruminants. This research aimed to induce a conditioned food aversion to Ipomoea carnea var. fistulosa in goats, using B. coridifolia as an aversive agent, and to compare the aversion induced by this plant with the aversion induced by lithium chloride (LiCl). Thirteen goats were allotted into two groups: Group 1 with six goats was averted with 175mg/kg of body weight of LiCl and Group 2 with seven goats was averted with 0,25g/kg of bw of dried B. coridifolia. All goats were averted on day 1 after the ingestion of I. carnea. The aversion procedure with LiCl or B. coridifolia in goats from Groups 1 and 2, respectively, was repeated in those goats that again consumed the plant during tests on days 2, 3, and 7. The goats of both groups were challenged in pens on 23 and 38 days after the last day of aversion and challenged in the pasture on days 11, 15, 18, 20, 22, 25, 27 and 29 after the last day of aversion. After this period goats were challenged every 15 days on pasture until the 330º day after the last day of aversion (7th day). Two goats from Group 1 ingested I. carnea on the first day of the pasture challenge, 4 days after the last day of aversive conditioning in the pen. In addition, another goat in Group 1 started to consume the plant on day 18, and other two goats ate it on day 20. One goat in Group 1 that had never eaten I. carnea died on day 155. One goat from Group 2 started to ingest I. carnea on the first day of the pasture challenge, and a second goat started to consume this plant on day 182. At the end of the experiment, on day 330, the other five goats averted with B. coridifolia remained averted. These results suggest that B. coridifolia or an active compound from the plant could be used to induce aversion to toxic plants. Using B. coridifolia would be cheaper and, particularly in flocks with large number of animals, possibly easier than using...


Baccharis coridifolia é uma planta tóxica que possui forte poder aversivo em ruminantes. Os objetivos deste trabalho foram induzir aversão condicionada a Ipomoea carnea var. fistulosa em caprinos utilizando B. coridifolia como agente aversivo e comparar a eficiência desta aversão com a aversão induzida por cloreto de lítio (LiCl). Treze cabras foram divididas em dois grupos: o Grupo 1 com seis cabras foi avertido com 175mg/kg de peso corporal (pc) de LiCl e o Grupo 2, com sete cabras, foi avertido com 0,25g/kg de pc de B. coridifolia seco. Todas as cabras foram avertidas no dia 1 logo após a ingestão de I.carnea. A aversão foi repetida nos dias 2, 3 e 7 nos caprinos que ingeriram qualquer quantidade de I. carnea, utilizando-se o mesmo procedimento do dia 1. Os caprinos de ambos os grupos foram desafiados nas baias nos dias 23 e 38 após o último dia da aversão e desafiados na pastagem nos dias 11, 15, 18, 20, 22 , 25, 27 e 29 após o último dia da aversão. Posteriormente os caprinos foram desafiados a cada 15 dias na pastagem até o 330º dia após o último dia da aversão (7º dia). Duas cabras do Grupo 1 ingeriram I. carnea no primeiro dia do desafio na pastagem, quatro dias após o ultimo dia da aversão nas baias. Além disso, outra cabra do mesmo grupo reiniciou a ingestão da planta no 18º dia e outras duas no 20º dia. Uma cabra do Grupo 1 que nunca havia ingerido a planta após a aversão morreu no 55º dia. Uma cabra do Grupo 2 começou a ingerir I. carnea no primeiro dia de desafio na pastagem e uma segunda reiniciou o consumo da planta no 182º dia. No final do experimento no 330º as cinco cabras avertidas com B. coridifolia permaneciam sem ingerir a planta. Estes resultados sugerem que B. coridifolia ou algum princípio ativo dessa planta pode ser utilizado para induzir aversão condicionada a plantas tóxicas. A utilização de B. coridifolia como agente aversivo é aparentemente mais barato e mais fácil de ser utilizado do que o LiCl, o qual requer o uso de ...


Subject(s)
Animals , Baccharis/toxicity , Convolvulaceae/toxicity , Food , Goats/classification , Plants, Toxic/toxicity
7.
Pesqui. vet. bras ; 33(6): 719-723, June 2013. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-680785

ABSTRACT

A aversão alimentar condicionada é uma técnica que pode ser utilizada em animais para evitar a ingestão de plantas tóxicas. O presente estudo teve como objetivo testar a eficiência e durabilidade da aversão alimentar condicionada em caprinos para evitar o consumo de Ipomoea carnea subsp. fistulosa. Foram utilizados 14 caprinos jovens da raça Moxotó, que foram adaptados ao consumo da planta. Inicialmente foi administrada I. carnea subsp. fistulosa dessecada e triturada misturada à ração concentrada por 30 dias e, posteriormente, foi fornecida a planta verde por mais 10 dias. Para constatação da adaptação ao consumo da planta os caprinos foram colocados a pastar em um piquete de 510 m² onde tinha sido plantada I. carnea subsp. fistulosa em uma área de 30m² (10 plantas/m²). No 42º dia de experimento, após a constatação do consumo espontâneo os animais receberam a planta verde individualmente na baia por alguns minutos, e todos os animais que consumiam qualquer quantidade da planta foram tratados com uma solução de LiCl na dose 175mg por kg de peso vivo. Este procedimento repetiu-se por mais dois dias. Posteriormente, os caprinos foram divididos em dois grupos: Grupo 1 com seis animais, quatro deles avertidos e dois não avertidos (facilitadores); e o Grupo 2, com oito caprinos, todos avertidos. Para constatar a eficiência e duração da aversão e a influência de animais facilitadores na durabilidade da aversão, os caprinos foram colocados a pastar, em dias alternados, três dias por semana, durante duas horas, no piquete plantado com I. carnea subsp. fistulosa. Por 12 meses os animais foram monitorados durante o pastejo, identificando-se o consumo e a preferência dos animais pelas plantas presentes no piquete. No Grupo 1 tanto os caprinos avertidos quanto os não avertidos iniciaram a ingerir a planta em 1-6 semanas e gradualmente foram aumentando a planta consumida, mas nunca a ingeriram exclusivamente. Nenhum caprino do Grupo 2 iniciou a ingestão da planta durante os 12 meses de experimento. Após esse período a área do piquete destinada ao plantio de I. carnea subsp. fistulosa foi ampliada para 80m² e os animais foram novamente introduzidos, com tempo de pastejo na área aumentado para quatro horas durante cinco dias na semana. Nesta fase todos os caprinos do Grupo 1 ingeriram a planta em grande quantidade. Os caprinos do Grupo 2 iniciaram gradualmente a ingerir a planta e a aversão se extinguiu, em todos os animais, após dois meses. A concentração de swainsonina em I. carnea subsp. fistulosa foi de 0,052±0,05% (média±SD). Conclui-se que a aversão alimentar condicionada é eficiente para evitar a ingestão de I. carnea subsp. fistulosa. No entanto, a duração da mesma depende, entre outras coisas, da quantidade de planta presente na área de pastoreio e do tempo de exposição e se extingue rapidamente por facilitação social.


Conditioned food aversion is a technique that can be used to train livestock to avoid ingestion of poisonous plants. This study tested the efficacy and durability of conditioned food aversion to eliminate goat's consumption of Ipomoea carnea subsp. fistulosa. We used 14 young Moxotó goats, which were initially adapted to the consumption of the plant by offering dried I. carnea subsp. fistulosa with their concentrate diet for 30 days, and then subsequently providing green plant for another 10 days. To confirm the spontaneous consumption of the plant, the goats were allow to graze in a paddock of 510m² where I. carnea subsp. fistulosa had been planted in an area of 30m² (10 plants/m²). On day 42, 12 goats were offered fresh green plant individually in a pen for a few minutes, and after the consumption of any amount of the plant they were treated orally with a solution of LiCl at a dose 175mg per kg of body weight. This procedure was repeated for two more consecutive days. Thereafter, the goats were divided into two groups: Group 1 with four averted and two non-averted goats; and Group 2 with eight averted goats. To verify the efficacy and duration of aversion, both groups were introduced into the paddock with I. carnea subsp. fistulosa three days a week for two hours daily. In Group 1, with two non-averted and four averted goats, all animals started to ingest the plant after 1-6 weeks of grazing. They continually increased their consumption of the plant, but never consumed the plant exclusively. None of the goats of Group 2 goats started eating the plant during the 12 months of observation. After this period the area of the paddock planted with I. carnea subsp. fistulosa was expanded to 80 m² and grazing time was increased to four hours per day for five days a week. At this stage all the goats in Group 1 ingested the plant in large quantities. The goats from Group 2 gradually started to eat the plant and aversion was extinguished in all animals after two months. Swainsonine concentration of I. carnea subsp. fistulosa was 0.052±0.05% (mean ±SD). It was concluded that conditioned food aversion was effective in reducing goat consumption of I. carnea subsp. fistulosa, but the duration of aversion depends on the time of grazing and amount of plant available. However, the aversion was quickly extinguished by social facilitation when averted animals grazed with non-averted animals.


Subject(s)
Animals , Convolvulaceae/toxicity , Poisoning/diagnosis , Poisoning/veterinary , Plants, Toxic/toxicity , Lithium Chloride/toxicity
8.
Pesqui. vet. bras ; 32(8): 707-714, ago. 2012. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-649508

ABSTRACT

A aversão alimentar condicionada é uma técnica que pode ser utilizada em animais para evitar a ingestão de plantas tóxicas. A técnica foi utilizada em uma fazenda para controlar a intoxicação por Turbina cordata e em outra para Ipomoea carnea subsp. fistulosa. Os caprinos eram presos à noite, e na manhã do dia seguinte lhes era ofertada a planta verde, recém-colhida, por dez minutos. Os caprinos que ingerissem qualquer quantidade da planta eram identificados, pesados e tratados com LiCl na dose de 175mg/kg peso vivo através de sonda esofágica. No rebanho da fazenda na que havia T. cordata a técnica foi aplicada a cada dois meses durante o período em que a planta é encontrada. Durante todo o experimento, de dezembro de 2009 a abril de 2011 não ocorreu nenhum novo caso de intoxicação no rebanho e diminuiu gradualmente o número de animais avertidos e a quantidade de planta que ingeriam os mesmos durante o processo de aversão. Na fazenda na que ocorria intoxicação por I. carnea a maioria de rebanho foi avertido em dezembro de 2010, 15-20 dias antes do início das chuvas, e os animais não ingeriram a planta espontaneamente no campo até setembro-outubro de 2011, durante o período da seca, quando havia extrema carência de forragem e iniciaram a ingerir a planta no campo. Posteriormente, apesar de três tratamentos aversivos com 21 dias de intervalo, os animais continuaram a ingerir a planta e ocorreram casos clínicos. A técnica de aversão alimentar condicionada demonstrou ser eficiente e viável para o controle da intoxicação por T. cordata. Para a intoxicação por I. carnea a técnica impediu a ingestão da planta somente durante a época de chuvas, mas não durante a seca, quando há pouca disponibilidade de forragem. A diferença nos resultados com as duas plantas é, aparentemente, resultante das condições epidemiológicas diferentes nas que ocorrem as intoxicações. T. cordata desaparece durante a maior parte do período de seca. A planta rebrota e fica verde durante o fim de seca, quando diminui a oferta de forragem, por curto espaço de tempo, permanecendo verde durante a época de chuvas. I. carnea, por crescer próximas as fontes de água, em áreas húmidas, permanece verde durante todo o período da seca, quando é maior a escassez de forragem, favorecendo desta forma a ingestão da planta pelos animais.


Conditioned food aversion is used to train livestock to avoid the ingestion of toxic plants. This technique was used to control Turbina cordata poisoning in goats in one farm, and to control Ipomoea carnea subsp. fistulosa poisoning in another farm. The goats were penned at night and the next morning the green plants were offered for 10 minutes. Goats that ingested any amount of the plant were treated through a gastric tube with 175mg of LiCl/kg body weight. In the flock in which the poisoning by T. cordata was occurring, the goats were averted every two months during the period that the plant was found in the pastures. During the experiment, from December 2009 to April 2011, new cases of poisoning were not observed, and there was a progressive decrease in the number of goats that ingested the plant and were averted. In the farm where I. carnea poisoning was occurring, most of the goats were averted in December 2010, 15-20 days before the first rains. The goats of this flock did not ingest the plant spontaneously in the field until September-October 2011, when, due to the dry season, there was a severe forage shortage, and the goats started to ingest the plant in the field. Later, despite three aversive treatments with 21 days intervals, the goats continued to ingest the plant and some animals became poisoned. In conclusion, conditioned food aversion was effective in to control intoxication by T. cordata. The technique was also effective in conditioning goats to avoid consuming I. carnea during the rainy season, but not during the dry season, with low forage availability in the field. The differences in these results seem to be due to the epidemiology of both poisonings: T. cordata is senescent and unavailable during most of the dry period, and green biomass is typically available either at the very end of the dry season, for a short period of time, and during the rainy season when there is no shortage of forage. In contrast, I. carnea grows in wet areas near water sources, and stays green during the dry period when there is a lack of other forage.


Subject(s)
Animals , Lithium Chloride/administration & dosage , Feeding Behavior , Feeding Behavior , Ipomoea/toxicity , Sheep/immunology , Convolvulaceae/toxicity , Plant Poisoning/veterinary , Swainsonine/toxicity
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